O processo de imigração foi um processo
importantíssimo para o desenvolvimento do nosso país. Foi graças a esta grande
diversidade de etnias que para cá vieram que o nosso pais pode ter essa grande
riqueza cultural. Cada imigrante que para cá veio, contribuiu para a cultura e
o desenvolvimento do nosso país, pois ele trouxe na sua bagagem, sua força, sua
cultura e sua história. Cultura essa que se difunde ate hoje, seja na economia,
nas artes, na religião e nos costumes.
Embarcar num empreendimento imigratório
requer muita força e coragem. A pessoa terá que deixar para trás um tesouro
muito importante, deixará amigos, parentes e familiares, os lugares onde viveu,
onde cresceu, seu país e sua segurança, e embarcará rumo a um sonho, rumo a uma
esperança para uma nova vida e também a uma incerteza. Pois quando se chega na
terra prometida, aquele sonho não se parece nada com aquilo que ela havia
imaginado, alguns sonhos tornam-se pesadelo, e agora não há mais como voltar atrás, e sim
arrumar forças para tornar o pesadelo em sonho.
Não foram poucos os casos de
decepção a se chegar na terra prometida, e o mesmo ocorre ainda hoje com
brasileiros que viajam ao exterior em busca de uma vida melhor e se deparam com
uma realidade totalmente diferente.
Os alemães que quando aqui na cidade de
Blumenau chegaram também tiveram uma grande decepção. Imagine a decepção dos
primeiros 17 imigrantes alemães quando nas margens do ribeirão da velha se deparam
com um engenho mal localizado e prestes a ruir e um barraco de recepção
parcialmente destruindo, e que seria ali, neste local que eles estariam
iniciando sua nova vida. A situação era tão desanimadora que o próprio fundador
da colônia, Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau descreve:
“Desmoronaram
todas às minhas esperanças. Ruiu por terra o que construí. E aquilo, pelo que
tanto arrisquei, sacrifiquei e padeci, meus planos de colonização, encontram-se
a uma distância inatingível. Foi um período lastimável. Disso poupe a
providência qualquer pessoa honesta.” (O
Centenário de Blumenau. P.81).
Os imigrantes japoneses que chegaram a Frei
Rogério também passaram por muitas dificuldades. Apesar de chegarem na década
de 60, ainda no município não havia eletricidade, a luz era apenas a base do
lampião, não havia gás, água encanada. Em dias de fortes chuvas as águas do rio
transbordavam e a travessia do rio que era feita por meio de balsa, único meio
de chegar à margem oposta era interrompido. Os caminhos enlameados era
impossível passar carro e a colônia se transformava numa terra solitária. Não
era possível ir ao médico, nem fazer compras. Para piorar as coisas, a
produção, única fonte de renda em dinheiro, acabava apodrecendo em depósitos. (Relatos
“ Que saudades da Colônia Ramos” de Toshiko Sumi, extraídos do livro “ O
caminho dos 40 anos da Colônia Celso Ramos”).
Com isso, tive um grande desafio ao realizar a proposta de revitalizar o parque, pois tive que transmitir para o projeto toda essa força, coragem e perseverança destes bravos imigrantes.
O conceito da proposta do projeto de Revitalização
do Parque Sakura, visa REVITALIZAR o parque de modo a PRESERVAR
a MEMÓRIA
dos imigrantes, lembrando suas dificuldades, sua força e garra para a criação
da colônia e agradecendo sua importante contribuição cultural, com seus
conhecimentos agrícolas, que contribuem para o desenvolvimento econômico do
estado, sua força demonstrada nos títulos adquiridos pela prática do Kendô e
por fim evidenciando sua IDENTIDADE cultural, através da cultura japonesa
que é tão apreciada no mundo hoje.
Vista aérea do Parque Sakura
Zoneamento Proposto
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO
PROPOSTA DAS COBERTURAS PARA ÁREA DE EVENTOS
Proposta para casa de Chá
Proposta de Portal de Entrada
Centro Cultural ( Forma de capacete Kendô - Homenagem aos praticantes da colônia)
Croqui da Implantação Geral
Proposta de Portal de Entrada
Estudo Forma ( Capacete Kendô - Centro Cultural) |
Croqui da Implantação Geral